Em Angola a Embaixada Portuguesa denuncia a “proliferação de uma rede de
indivíduos” que se dedica à falsificação de documentos para obtenção de vistos
para Lisboa. Entre vários documentos usados pelo grupo, constam bilhetes
de identidade e passaportes angolanos e portugueses.
Luanda e Lisboa trabalham para desmantelar um
grupo de falsificadores de documentos para aquisição de vistos de entrada para
Portugal, sendo que as ações dos burladores têm dificultado a análise para o
deferimento de pedidos de emissão de alguns processos.
O cônsul-geral de Portugal em Luanda, Rosa Lemos Tavares, explica que o
consulado tem, nos últimos meses, confrontando-se com inúmeros processos
fraudulentos, para instrução de vistos para Portugal.
Entre os documentos, aponta a diplomata, constam bilhetes de identidade e
passaportes nacionais e portugueses, que alega que são introduzidos num
conjunto de processos para solicitações de vistos com seis meses de
antecedência.
“Ao longo dos últimos meses temos detetado uma maior frequência de
junção de documentos fraudulentos na instrução de processo de visto e só não,
relativamente, a documentos pessoais angolanos, seja bilhete de identidade,
seja passaporte mas, também, documentação portuguesa, ela própria manipulada.
Os pedidos de visto podem ser feitos com seis meses de antecipação e, portanto,
quanto mais cedo forem pedidos mais facilmente serão atendidos os pedidos com
toda tranquilidade”, denuncia Rosa Lemos Tavares, cônsul-geral de Portugal
em Luanda.
Em relação à preocupação, a cônsul-geral de
Portugal em Luanda assegura que as autoridades angolanas já foram informadas
sobre a existência do referido grupo, que procura, a todo custo, beliscar o
processo de harmonização das regras sobre a concessão de vistos entre os
cidadãos dos dois países.
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